Mais populares que Jesus

Os Beatles durante uma coletiva de imprensa em 1965

"Mais populares que Jesus" (do inglês "More popular than Jesus")[nota 1] foi parte de uma observação feita pelo músico John Lennon, dos Beatles, em uma entrevista de março de 1966, na qual ele argumentou que o público estava mais apaixonado pela banda do que por Jesus, e que a fé cristã estava declinando na medida em que era superada pelo rock. Suas opiniões não causaram controvérsia quando publicadas originalmente no jornal londrino The Evening Standard, mas provocaram reações raivosas das comunidades cristãs quando republicadas nos Estados Unidos em julho.

Os comentários de Lennon incitaram protestos e ameaças, particularmente ao longo de todo o Bible Belt dos Estados Unidos. Algumas estações de rádio pararam de tocar músicas dos Beatles, seus discos foram queimados publicamente, conferências de imprensa foram canceladas e a Ku Klux Klan fez ameaças ao grupo. A controvérsia coincidiu com a turnê da banda em 1966 pelo país, e o empresário do grupo, Brian Epstein, tentou dominar a disputa em uma série de coletivas de imprensa. Lennon pediu desculpas e explicou que não estava se comparando a Cristo.

A polêmica ofuscou a cobertura da imprensa sobre o mais novo álbum dos Beatles, Revolver, e exacerbou a insatisfação da banda em turnês, que nunca mais foram realizadas pelo grupo. Lennon, mais tarde, também se absteve de fazer turnês em sua carreira solo. Em 1980, ele foi assassinado por Mark Chapman, um cristão renascido que foi motivado, em parte, pelas observações de Lennon sobre religião e em sua frase "mais populares que Jesus".

  1. Womack & Davis 2012, p. 103.
  2. Gould 2008, pp. 308–309.


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